MESTRE PASTINHA

Joaquim Ferreira Pastinha,nasceu em Salvador-Ba no dia 5 de abril de 1889,e faleceu na 13 de novembro de 1981 em Salvador.
Seu primeiro contato com a capoeira foi aos 8 anos de idade com o Mestre Benedito (velho africano);aos 12 anos Pastinha ingressou na Marinha onde passou a ensinar capoeira para seus colegas da Marinha. Depois que saiu, aos 20 anos, abriu sua primeira escola de capoeira na sede de uma oficina de ciclistas. Nesse local, a escola ficou aberta de 1910 a 1922. Após esse período, mudou-se para o Cruzeiro de São Francisco.Em 1941, fundou a primeira escola de capoeira legalizada pelo governo baiano, o Centro Esportivo de Capoeira Angola (CECA), no Largo do Pelourinho, na Bahia. Hoje, o local que era a sede de sua academia é um restaurante do Senai. Em 1965, publicou o livro Capoeira Angola, em que defendia a natureza desportista e não-violenta do jogo.
Expulso do Pelourinho em 1973 pela prefeitura.
Além de capoeirista, Pastinha era também pintor ;chegando a dar aulas de pintura á óleo. Foi na atividade do ensino da Capoeira que Pastinha se distinguiu. Ao longo dos anos, a competência maior foi demonstrada no seu talento como pensador sobre o jogo da Capoeira e na capacidade de comunicar-se. Os conceitos do mestre Pastinha formaram seguidores em todo Brasil.Mestre Pastinha sofreu dois derrames seguidos, que o deixaram cego e indefeso. Durante décadas dedicou-se ao ensino da Capoeira. Mesmo completamente cego, não deixava seus discípulos. E continua vivo nos capoeiras, nas rodas, nas cantigas, no jogo. Entre seus alunos estão Mestres como João Grande, João Pequeno, Curió, Bola Sete (Presidente da Associação Brasileira de Capoeira Angola).


"Tudo o que eu penso da Capoeira, um dia escrevi naquele quadro que está na porta da Academia. Em cima, só estas três palavras: Angola, capoeira, mãe. E embaixo, o pensamento:
"Mandinga de escravo em ânsia de liberdade, seu princípio não tem método e seu fim é inconcebível ao mais sábio capoeirista."